segunda-feira, 2 de novembro de 2009

http://www.youtube.com/watch?v=Sq08qAKsViE

domingo, 1 de novembro de 2009

Sonhar é

.11.2009
8h00m
Sonhar é...

"Olorum quem mandou essa filha de Oxum tomar conta da gente e de tudo cuidar", diz a canção "Oração de Mãe Menininha", de Dorival Caymmi. Como reza a tradição africana, a mãe de santo baiana da casa do Gantois partiu para o Orum, o mundo espiritual do candomblé, em 1986, mas sua semente brotou em Sacramento, São Gonçalo. Iniciados na religião pela filha de santo de Mãe Menininha, Mãe Márcia d’Oxum, 25 adolescentes do município hoje vivem em uma pequena África fluminense. Formaram um coral afro, dançam como seus ancestrais para reverenciar as divindades da natureza. E, na sombra de árvores vindas do continente africano, como o iroko, sonham o dia em que não serão mais discriminados. — Eu não gosto nem de falar no colégio sobre religião. Não aceito que digam nada da minha. Sei que não vou mudar as ideias de ninguém. Mas não admito que determinem o que tenho que fazer da minha vida — diz, firme, Brenda Porto Ferreira, de 17 anos. A adolescente conta que encontrou forças nos orixás para superação de uma doença que a acompanhou desde o nascimento: a hidrocefalia. Aos três meses, foi submetida a cirurgia para instalar uma válvula no cérebro capaz de drenar o líquido do corpo. Brenda cresceu sob os olhares temerosos da família e da mãe de santo, que lutaram juntos pela recuperação. À medicina, somaram-se os esforços de mãe Márcia, que acumula mais de 4 mil livros sobre cultura africana. — Fui criada como um bibelô. Eu queria ser um gigante e me diziam que eu não podia crescer muito por causa da válvula. Eu não podia correr, brincar. Isso me frustrou e eu não conseguia entender o porquê — conta Brenda, iniciada no candomblé aos 9 anos em uma das fases difíceis da doença. Aos 12, a menina recebeu uma notícia. O funcionamento do seu cérebro estava normalizado. Dona de olhos verdes como as águas da fonte de Oxum, divindade do amor, da beleza e dos rios e cachoeiras, ela conta: — Eu sempre acreditei que ia vencer. Quis fazer o santo, meu ritual de iniciação, com 9 anos e nunca me arrependi. Já fiz capoeira, vôlei e hoje jogo handebol. Sentada na esteira, com suas roupas de baiana, Brenda estende a mão ao amigo Ruan Rodrigues Fontoura, de 16 anos. Ele também chegou ao terreiro pela dor. Era rebelde na escola, vivia nas ruas e sofria com o afastamento da mãe. Preocupada em manter a própria subsistência e alimentar os cinco filhos, sobrava pouco tempo para acarinhar o menino, hoje um talento da casa. — Eu não tenho nem palavras para agradecer a essa casa. É tudo para mim — declama o menino, fazendo correr águas dos olhos de sua mãe de santo de Oxum.
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

domingo, 25 de outubro de 2009

Mãe Márciad'Oxum faz história no Candomblé

Mãe Márcia d'Oxum faz história no candomblé


O dia 5 de setembro foi histórico para o candomblé no Rio de Janeiro. Data em que Mãe Márcia d'Oxum celebrou o primeiro casamento afro com legitimidade civil. A emoção foi dobrada porque a noiva era sua filha, a universitária Arethuza Mara, que realizou o sonho de se casar com Wilian Jeferson, dentro da tradição iorubá. "Eu luto por várias causas da defesa da matriz africana. Tem que haver legalidade em tudo que nós fazemos e temos direito. Minha filha foi criada no candomblé. Ela se iniciou aos 5 anos. Por que o batizado ou o casamento só são reconhecidos de verdade se forem realizados na igreja? Foi o próprio noivo que questionou: "Por que temos uma religião e vamos nos casar em outra?"", conta Márcia.
Emocionada com o pedido dos noivos, Marcia foi ao cartório e conseguiu a certidão de celebração como ministra de culto. Como seu terreiro é legalizado há mais de três anos, ela obteve o documento. Depois, mandou confeccionar o livro de registro em uma gráfica. Para Márcia, que participará amanhã, às 10h, da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, em Copacabana, é muito importante que religiosos de matriz africana cada vez mais defendam sua identidade. "Temos que fortalecer qualquer movimento que nos dê respeitabilidade. É notório o crescimento do movimento contra a discriminação religiosa. Ano passado, levei quatro ônibus. Nesse, daria para encher seis. Quem foi, adorou ter ido e está chamando mais gente", conta a religiosa, baiana e filha-de-santo de Mãe Menininha do Gantois.
Agora, no terreiro, todas as filhas-de-santo querem se casar dentro da tradição. A beleza da celebração afro, que tem rituais de forte simbolismo como a virgem que lava os pés dos noivos e depõe a água na árvore sagrada e o pombo branco solto pelo casal ao fim da cerimônia, emocionou a comunidade. Cânticos em homenagem a Oxum (orixá feminino, é ligada ao amor e à fertilidade). "Os doze padrinhos colocavam pitadas dos elementos sagrados, como o ió (sal), em uma única vasilha, fazendo uma alquimia de bons fluidos. Os mais velhos também realizam o ritual. O axé é essa transmissão de palavra, que traz bons presságios. Juntos, os noivos soltam o pombo branco, que é o mensageiro, que levará esses desejos expressos nos elementos para o Orum (mundo superior)", explica Márcia.

Lançamento do pré projeto de mapeamento das Matrizes Africanas de Sao Gonçalo

20/07/2009
O Pré lançamento do pré projeto de Mapeamento de Matrizes Africanas foi apresentado no Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo, que mediou esse encontro na pessoa de Iya Marcia DOxum, que contou com ajuda de organizaçao de Pai Icaro de Oxossi, Pai Bira de Omolu, Pai Paulo de Ogun, Nana de Ogum, Emilia Cândido da ENFOCO de São Gonçalo, gente que faz em Sao Gonçalo. Entre os presentes estavam representantes da IFRJ, UERJ e UFI que elaboraram a apresentaçao do mesmo à Fundaçao Palmares .
Estiveram presente o representante interino da SEPPIR, Sr. Eloi ,representando nosso Ministro da mesma secretaria que justificou a ausência, Sr. Mauricio Reis diretor de Patrimonio Material e Imaterial Afro da Fandaçao palmares representando o presidente da mesma que justificou a ausencia, Prof .Marco Jose da UERJ, Prof Ricardo da IFRJ, Dr Prundente no qual muito nos honrou com sua presença, Marcelo Monteiro Presidente do CETRAB, Baba Ivanir dos Santos, Ogan Israel Evangelista, nosso amigo ativista do movemento, Dr.Wagnaer Pereira da corregedoria do Rio de Janeiro, Dr.Relimar Santana presidente do CEBA e Coodenador da Igualdade Racial em Sao Gonçalo. Iyas e Babas de Matrizes Aficanas de São Gonçalo, entre tantas outras pessoas nao menos importantes.

l Encontro de Matrizes Africanas em Sao Gonçalo

I Encontro de Matrizes Africanas em São Gonçalo
Data: 14/03/09
Horário: 14:00
Local: C.E. Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo

Programação
13:30 - Abertura das Exposições

A Expressão do Axé Fotografias Jorge Ferreira
Candomblé Cultura de Resistência Ile Omidaye Fotografias Marco Velásquez

14:00 - Apresentação Institucional do CETRAB

Dolores Lima Coordenadora Executiva do CETRAB

14:10 - Mesa Intolerância Religiosa

Aspectos Jurídicos da Intolerância Religiosa sob a ótica do Direito Penal
Dr. Warner Ramos Ferreira – Chefe de Gabinete da Polícia Unificada

Aspecto Legais da Intolerancia Religiosa na cidade do Rio de Janeiro no ano de 2008
Dr. Luiz Fernando Martins da Silva, Advogado

A importância social e política do reconhecimento dos terreiros de candomblé
Prof Marco José - UERJ

14:50 - Mesa: Resgatar para Preservar

“Cosmovisão a visão de Mundo do Povo Yoruba”
Prof. Marcelo Monteiro – Professor de Cultura Yoruba

“De Odudua a Aganju”
Prof. Luiz Fernando Machado Ferreira - Professor de Cultura Yoruba

15:30 - Oficinas

“A mensagem Milagrosa das águas”
Iyalorixa Iva d’Oxum - Presidente do Centro Social Omi Tunji

“A importância da preservação do Meio Ambiente para o Culto aos ancestrais e orixás’”
Mae Márcia d’Oxum – Ministra de Culto Religiosa do Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo

Atividade “Ecológica Salvando Odã “
Um tour na bio diversidade do espaço Sagrado – Juventude Verde

16:00 - Homenagem à Carlos Alberto Caó

16: 20 - Atividades culturais – “Dança” e “Coral “ – Composto por membros de várias Comunidades de Terreiros de São Gonçalo

Chá Beneficente [servido a partir das 17 horas]

Endereço: Rua Dalmir da Silva, lote 8, frente e Rua João Soares lote 10, fundos
Bairro Sacramento, São Gonçalo, RJ Tel : (21) 2724-5612 / (21) 3708-4873
Como chegar: Para quem vem do Rio_ Central do Brasil [pegar a Vam que vem para Santa Isabel ou Ônibus 549 viação Fagundes _ pedir para saltar em Sacramento no campo de futebol em frente ao deposito de gás( entrar na rua ao lado)]
Realização: CETRAB, Egbe Ile Iya Omidaye Ase Obalayo , Centro Social Omin Tunji, Ase Idasile Ode
Apoio: S7 Comunicações